sábado, 7 de maio de 2011

Que tipo de mouse escolher?

Desde sua invenção até hoje o mouse mudou pouco em sua função básica: dois ou três botões e um dispositivo que ao se movimentar faz a seta do cursor da tela acompanhar seus comandos. Mas por trás dessa simplicidade temos um produto fundamental para a consolidação das interfaces gráficas e um dos responsáveis pela popularização dos computadores nos últimos 40 anos. Conhecer sua história, funcionamento e modelos disponíveis é uma aventura desde o primeiro clique.

A invenção

Douglas Engelbart, um dos pioneiros no estudo e desenvolvimento de produtos envolvendo computadores e seres humanos, apresentou o primeiro protótipo em 9 de dezembro de 1968. Na época o dispositivo consistia em uma pequena caixa de madeira com apenas um botão.

O invento de Engelbart ficou sem muita utilização por um motivo simples: os computadores da época não tinham interfaces gráficas (janelas, popups etc) utilizando apenas textos sem cursores na tela.

No entanto, 15 anos depois, quando a Apple lançou o computador Macintosh que aliava as características do mouse com uma interface gráfica inovadora, o mouse mostrou sem valor. Vale o registro: os primeiros computadores a utilizarem o mouse de maneira expressiva foram o Xerox Star 8010, em 1981, seguido de outros equipamentos, como o Commodore Amiga e o Apple Lisa.

O funcionamento

Hoje existem vários tipos e formatos de mouse. Basicamente um mouse precisa permitir a movimentação de um cursor e a execução de determinadas ações através de cliques, que são feitos por até três botões: direito, utilizado normalmente para abrir submenus e opções; esquerdo, que seleciona e abre itens; e centro (mouse Scroll), com a função de rolar a página e abrir links em uma nova guia ao navegar na internet.

A diferença está em como o mouse realiza essas diversas funções

Mouse de esfera: Era o mais comum, sendo também um dos mais vendidos no passado, hoje já raro no mercado. Uma bolinha de borracha semiembutida no corpo do mouse gira e faz o cursor se movimentar na tela. Dentro do mouse temos dois pequenos eixos (roletes) em contato com a esfera, um responsável pela função vertical e o outro pela horizontal. A combinação do funcionamento dos dois dá ao mouse a capacidade de orientar o cursor em todas as direções. Esse tipo de mouse tem um inconveniente: com o tempo a bolinha acumula poeira e outros detritos no interior do equipamento, sendo necessária manutenção periódica para limpeza e remoção de impurezas.

Mouse óptico: uma evolução do modelo anterior. Saem as esferas, entra um mecanismo óptico para orientar a movimentação do cursor na tela do computador. O sistema é composto, basicamente, por um LED emissor de luz vermelha e um sensor (geralmente, sensor CMOS, sigla de Complementary Metal Oxide Semiconductor, ou CCD, sigla de Charge Coupled Device). A luz emitida bate na superfície de contato e volta para o mouse, onde é processada eletronicamente por um dispositivo chamado DSP (Digital Signal Processor). Este processo é retido milhares de vezes a uma velocidade altíssima e os sinais são enviados ao computador para o cursor ser orientado na tela. Neste caso, não há acúmulo de sujeira e a inexistência de peças móveis aumenta em muito sua durabilidade.

Importante: existe uma variação chamada mouse a laser. Ele continua sendo um mouse óptico, só que é mais preciso e funciona até mesmo em superfícies de vidro.

Detalhes importantes na hora da compra de um mouse

Resolução: podemos definir a resolução do mouse como o menor movimento que ele consegue identificar. Resumindo, quanto maior a resolução do mouse, menor será o movimento que você precisa fazer para o cursor se movimentar na tela. O termo técnico para se medir a resolução de um mouse é o chamada DPI (Dots Per Inch - pontos por polegada). Os mais simples, normalmente, têm entre 400 e 800 DPI, suficientes para as tarefas mais corriqueiras. Existem mouses especialmente desenvolvidos para jogos e programas gráficos que podem alcançar até 3200 DPI.
Importante: alguns fabricantes usam uma sigla chamada CPI (Counts Per Inch - contagens por polegada). De forma geral, pode-se entender que 1CPI é igual a 2DPI. Então, um mouse com 800 CPI pode ter sua resolução interpretada como se fosse de 1600 DPI.

Conexões: hoje temos dois tipos de conexões básicas para mouses: o padrão PS2 e o USB. Ambos se equivalem em termos de custo-benefício e, no mercado, é muito comum encontrar adaptadores de PS2 para USB e vice-versa.

Ainda no capítulo cabos e conectores, não podemos esquecer da imensa variedade de modelos sem fio. Seu grande atrativo é eliminar os cabos que tanta dor de cabeça dão aos donos de micros mais incrementados.

Variações de um mesmo tema

A partir do conceito central do mouse, vários produtos surgiram:

- Trackball: O usuário deve movimentar com os dedos uma esfera localizada na parte superior do trackball. Exige menos movimentação, sendo indicado para quem tem ou deseja prevenir lesões por esforço repetitivo.

- Touchpad: pequena superfície sensível ao toque presente em notebooks. O usuário passa o dedo sobre a área e o cursor se movimenta de maneira correspondente. Normalmente têm teclas que fazem as vezes dos botões esquerdo e direito dos mouses.

- Pointing Stick: pequeno botão localizado entre as teclas de um notebook que responde aos movimentos do dedo do usuário. Presente em alguns poucos modelos, tem caído em desuso.

- Tablets: uma área plana, como se fosse uma miniprancheta que permite ao usuário fazer desenhos no computador, através de uma caneta sensível ao toque, chamada stylus. Pode ser utilizada também como mouse.

- Minimouses: facilitam a vida de quem tem notebook e não se adaptou ao trackpad.Apesar de não serem muito confortáveis, o tamanho reduzido gera praticidade, pois cabem na mala de viagem ou na sacola do notebook.

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