A maioria dos pacientes cardíacos são idosos cujas células não são muito saudáveis uma vez que estas passam por um processo de senescência com o passar da idade. A equipe de Sadia Mohsin resolveu apostar em voltar o relógio de algumas células de pacientes idosos e ver o efeito desse procedimento sobre o tecido cardíaco.
Para isso, foi feita uma biópsia desses pacientes e modificada uma proteína chamada PIM-1 (promotora de sobrevivência e crescimento celular). A alteração feita nessas células aumentou a atividade da telomerase, enzima capaz de reverter o envelhecimento das células (mais detalhes nesse post).
A pesquisa feita com células humanas se limitou a estudos laboratoriais. Apesar disso, foi observado que em porcos e camundongos essas células modificadas regeneraram o coração desses animais, levando ao rejuvenescimento do órgão através da formação de tecido cardíaco novo em apenas quatro semanas.
Essa técnica pode revolucionar o tratamento de doenças cardíacas uma vez que até o momento o tratamento oferecido se limita à medicação, transplante cardíaco ou terapias celulares com potencial regenerativo muito modesto. Além disso, possivelmente o procedimento possa um dia ser utilizado para o rejuvenescimento de outros órgãos.
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